Pelo segundo ano consecutivo foi realizado este Festival, mas desta vez por uma questão de “logística” teve lugar em Boksburg na Casa dos Poveiros, a primeira edição, 2022, foi realizado ao Sul de Johannesburg, na Casa da Madeira em Alberton, este ano foi a East, com mais espaço e mais facilidades para quem nos visitou neste três dias.
Madeira Fest uma organização do Fórum Português, onde mais uma vez se festejou Portugal, Madeira, com a nossa música, tradições e cozinha com os nossos petiscos tradicionais e inigualáveis, foram três dias onde não faltaram as nossas raízes com os trajes e danças tradicionais.
Começando pelo espaço, ao se entrar no recinto respirava-se Portugal, a nossa Ilha da Madeira, o já tradicional carrinho, as botas gigantes que foram calçadas por muitos, mas a todos ficavam grandes, mas foram tema para muitas fotografias, assim como o carrinho que “percorreu” uns largos Km na imaginação dos utilizadores, o chapéu típico da Ilha, que muitas cabeças por baixo dele passaram.
Os painéis, a mostrar e a relembrar a muitos os locais pelos quais passaram e brincaram quando eram miúdos, os festões com kms de comprimento com milhares de luzes e flores de diferentes cores feitas durantes meses, por diferentes mãos, deu a sensação a quem por lá passou que estava numa qualquer romaria a 10 mil Km de distância.
Mas não se ficou só por aqui pelo palco passaram nos três dias grande nomes do panorama musical,
os “nossos” artistas: DJ’s; VIX; Luis Almeida; Manny Menezes; RIX; Diana de Sousa; Miguel Pregueiro; Lee Cole; Choppa; vindos de Cape Town, Carlos Aguiar e o seu Conjunto Kanimambo, um dos mais populares na Cidade do Adamastor; Ranchos; Casa dos Poveiros, Casa Social da Madeira de Pretória, Terras do Norte. Da Madeira expressamente para o Madeira Fest, João Quintino; Miro de Freitas e Buzico, locais ; MangoGroove; Steve Hofmeyr; Rerentse; Karlien van Jaarsveld; Brendon Peyper; Jay Em, entre muitos outros que passaram pelo palco do Festival.
Os restaurantes apresentaram os petiscos desde a espetada tradicional, de galinha, pregos, bifanas, os camarões que são um dos pratos
(favoritos nestas festas, bolo do caco, etc., etc., bolos e doces não faltaram para os mais gulosos, farturas e churros, num cantinho com muito bom espaço estava à sua espera o Café Estreito com as suas delícias, Bares, rulotes onde se podiam adquirir, batas fritas, frutos secos caramelizados (nozes, amêndoas, caju), sorvetes, etc..
A caipirinha, uma das rainhas das festas por estes lados, que não sendo portuguesa, é brasileira, entrou com estatuto de “favorita” no paladar dos festivaleiros, que faz com que alguns como diz o fado da Amália, “quem não me respeita fica a andar de gatas”, os que vão de gatas ainda se mexem, há os que ficam a dormir ,por exemplo nas chinelas à entrada do festival, e depois, há os que dizem que a culpa é dos organizadores!
Eu fico a “matutar”, mas desde quando é que uma organização pode ser responsável por quem não sabe onde deve parar, que para ludibriar os vendedores, vai o mais sóbrio do grupo compra-la, é como diz o outro… “preso por ter cão e preso por não ter”… eu que já por cá ando há uns aninhos… festa que é festa sem estas figuras (tristes) que me desculpem os que pensão o contrário, mas já não é boa festa.
Barraquinhas de bric-à-brac com muitas coisas à escolha, brinquedos, entre elas os colares de pérolas feitos na hora à medida e personificados, e muito mais, artigos de cabedal, um mundo de coisas diferentes, os amantes de tatuagens puderam fazer ali algumas das suas favoritas.
Os mais pequenos não foram esquecidos com o seu espaço para brincadeiras, enquanto os familiares descansavam e os vigiavam.
É nestas festas que se encontram amigos que por várias razões perdemos o rasto, uns que se foram embora e voltaram, ainda há muitos, por mais que se pense o contrário, outros mudaram de cidade, trabalho, negócio, mesmo que em diferentes pontos aqui se encontram.
Este ano o Festival foi visitado por alguns milhares de pessoas de todas as nacionalidades, o São Pedro ajudou com o bom tempo, os festivaleiros poderão usufruir de um recinto que oferece condições a todos os que nos queiram visitar, seja qual for a sua condição física, a Organização não esqueceu aqueles que se deslocam em cadeiras de rodas, para isso foram criados caminhos com pavimento adequado.
A apresentação esteve a cargo de Nicole da Silva da 5FM e do nosso Luís Almeida.
Mais um Festival que levou a “chancela” do Fórum Português, até ao próximo.
Idalina Henriques