A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em cooperação com uma empresa que se dedica, à “descoberta” de Oliveiras muito antigas, tem descoberto e investigado a idade de muitas destas árvores que nos dá o seu fruto e o homem transforma no precioso líquido amarelinho o qual nós tanto apreciamos.
A mais antiga não tem nada mais, nada menos de 3.500 anos e encontra-se em Cascalhos, uma povoação que pertence a Abrantes e é conhecida pela Oliveira do Mouchão.
É uma séria candidata a árvore do ano 2022, foi por pouco que não foi abatida para lenha… A mesma sorte já não teve uma outra oliveira milenar numa pequena aldeia de Alcobaça, que teve como destino, ficar em cinzas!
A Universidade encontrou mais algumas “senhoras” oliveiras com idades de muito respeito, por diferentes pontos de Portugal; Porto, Beja, Santa Iria da Azoia (Vila Franca de Xira), com 2.860, uma outra em Estremoz com 2.450 anos.
O investigador José Louzada justifica a longevidade das oliveiras por se adaptarem bem ao clima.
Sabia que há centenas de oliveiras em Portugal muito mais antigas que Cristo, o investigador assegura que grande parte delas se encontram a sul do rio Mondego, segundo ele a oliveira é o ser vivo que mais resistência e com uma capacidade impar de se regenerar, ”um pedaço de tronco mesmo velho rebenta e dá azeitonas”.
Muitas das oliveiras antigas não são propriedade dos donos das terras, estas foram doadas à séculos a instituições religiosas que as cuidam, apanham a azeitona, fazem o azeite que serve para ajudar a sobrevivência de Igreja e Capelas espalhadas pelo território e o seu uso nas lamparinas.
Descansar à sombra de uma oliveira plantada no tempo dos Faraós e de Moisés é um privilégio que se pode usufruir no nosso Portugal!..
Por: Idalina Henriques