Alguma vez pensou percorrer o trajeto entre São Gonçalo e a Ajuda num túnel subterrâneo? Não? Então pode já começar a imaginar o percurso porque Miguel Albuquerque garantiu ontem que essa é mesmo uma solução para colocar em prática, de forma a mitigar os constrangimentos rodoviários que afligem diariamente os automobilistas na capital madeirense.
O projeto será apresentado em fevereiro de 2023, mas até já tem nome: Via Oeste.
E não foi de estranhar que o anúncio tenha sido feito em plena apresentação do empreendimento ‘Dubai na Madeira’, que vai nascer precisamente na zona da Ajuda, criando um complexo habitacional composto por 400 apartamentos de luxo. Porque a ‘Via Oeste’ terá pelo menos três grandes propósitos: dar resposta ao crescimento habitacional na Ajuda, melhorar o fluxo viário a Leste do Funchal e viabilizar um novo acesso ao futuro Hospital Universitário.
Quanto ao ‘Dubai Madeira’, pois bem, estamos a falar tão-somente do maior investimento privado alguma vez realizado em solo regional. Um empreendimento da Varino, empresa criada em parceria entre a Socicorreia e o Grupo AFA, que desafia sete arquitetos e significa um investimento de 300 milhões de euros que, naturalmente, agrada as entidades regionais… Pudera! A carga fiscal gerada atinge os 106,5 milhões de euros, 88 dos quais para o GR, pouco mais de 20 milhões para os cofres da CMF.
Menos satisfeitos estão os comerciantes na Feira do Gado, porque foram este ano confrontados com o pagamento de uma taxa que nunca entrou nas contas das edições anteriores. A autarquia garante que está a cumprir a lei, a organização – do GR – nada acrescenta ao assunto. Portanto, quem armar a barraca pode reclamar o que quiser que vai mesmo ter de pagar…
Brigados, como sempre, estão a vereação funchalense e a equipa de Miguel Gouveia, ainda designada de Confiança apesar do período de campanha já ter passado há muito. E voltou a ser a ciclovia – agora porque está a ser destruída – o rastilho para a desavença. Miguel Silva Gouveia apresentou queixa sobre o desaproveitamento dos fundos comunitários, Calado critica a “vingançazinha” e explica ao seu antecessor que esse foi mesmo um dos pontos fulcrais da sua derrota no município. Enfim, mais um dia de reunião profícua… em palavras.
in JM Madeira